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Ambientes complexos fazem com que as organizações adotem modelos de gestão baseados na inovação e criatividade.


A globalização na década de 80 foi a precursora do advento das tecnologias e com isso destacaram-se alguns modelos gerenciais dentre as teorias organizacionais, impulsionados pela forma radical que esses modelos enxergavam a administração. Seus defensores preconizam uma total inversão da pirâmide organizacional, em cujo topo deveriam figurar os clientes (suas necessidades, desejos e expectativas) e o núcleo operacional da organização (principal elemento de interface com o cliente externo). Dentre esses modelos, pode-se destacar: a Reengenharia, a Modelagem Caórdica e o Modelo de Gestão do Conhecimento. Veja abaixo:

O Modelo da Reengenharia, atribuído a Hammer e Champi   propunha um retorno da organização à “base zero”, com total restruturação de sistemas e processos, como forma de garantir-se a eficácia empresarial.

O Modelo Caórdico, cujo mais relevante exemplo é a Microssoft, de Bill Gates, propõe a acomodação dos objetivos organizacionais aos objetivos pessoais dos funcionários, criando uma aparente desestruturação em seus sistemas de trabalho, apesar de uma crescente sinergia entre seus elementos.

O Modelo de Gestão do Conhecimento, prescreve a valorização da informação em conjunção com a cultura organizacional como elemento capaz de definir a melhor forma de atuação da empresa em seu mercado.

A avalanche de novas tecnologias tomaram alguns agentes globalizadores de uso obrigatório, tais como: smartphones; tablets; teleconferências; Internet e entre outros. Nos dias atuais, a tecnologia é parte integrante do Homem, pois ela consegue desenvolver-se além da capacidade temporal de sua absorção pelas pessoas. Este reflexo não está muito distante das organizações, por isso a Organização Caórdica (OC) emerge como uma modelagem inovadora, a qual procura responder a complexidade já presente em conviver com a descontinuidade e com diversas lógicas simultaneamente.

Principalmente num ambiente em que a busca por inovação é constante para a criação de valor, faz com que nada nasça da mesma forma daquela existente e também nada morra e sim se aperfeiçoa. Com certeza esta lógica de mudanças provoca a inovação nas organizações, mas o agravante é gerir a tensão entre: a ordem; a norma; o padrão; o fixo; a segurança de um lado e do outro lado o caos; o novo; o mutante;  a incerteza e a criação. Encontrar o equilíbrio destas coisas e produzir aquilo que exige fortes padrões possibilita a inovação fulminando muitas empresas. As organizações antes pensadas e tratadas como metáforas das máquinas são agora reconhecidas como sistemas vivos e complexos. A proposta de um novo modelo de Organizações Caórdicas aponta na direção de um modelo analógico com base na complexidade de organismos vivos envolvendo: aprendizado; adaptação; criação; autonomia; manifestação de vontade; autoconsciência; inteligência artificial e outros. O caos ao ser pensado não como desordem, mas como o lugar de manifestação de vários agentes em ação concomitante e com lógicas possivelmente contraditórias em conjunto com a palavra ordem dão significado ao caórdico. Entre estes contraditórios, o modelo para organização inovadora é a dosagem adequada aos ambientes de fechamento normativos e aberturas cognitivas. Como paralelo temos a diferença entre o remédio e o veneno, que é definido pela dosagem, e não na natureza do conteúdo. É neste contexto entre a ordem e o caos, caórdicos, que o novo pode nascer e transformar em um novo produto ou em novo processo.

Diante disso, em momentos de grandes turbulências de mercado, torna-se fundamental a gestão empresarial para  organizações Caórdicas, pois potencializam as soluções inovadoras dosando o conhecimento de gestão para os momentos de ordem transpassando por um novo sistema de Caos ou, até mesmo por momentos criativos e inovadores.

Mãos à obra!!!

Forte abraço,

Prof. Randes, MSc.

Fonte: HAMMER, Michael, CHAMPY, James. Reengenharia : revolucionando a  empresa em função dos clientes, da concorrência e das grandes mudanças da gerência. 30. ed. Rio de Janeiro : Campus , 1994.